Falando com os meus manos centraleiros chegámos a conclusão que o melhor seria fazermos este exercício antes que as “mentes brilhantes” por detrás daqueles panfletos que circulam pela cidade acusando-nos dos impropérios habituais (vendidos ao ocidente, lacaios de sei lá mais o quê e, mais recentemente, agente da CIA), as Isabeis João desse nosso “jornalismo”, tivessem a genial ideia de capitalizar na nossa recente visita à Embaixada dos EUA, com um simples “Não vos dissemos?”. Pois é, os mesmos que, não encontrando nada mais de que nos acusar, perdem-se em devaneios desesperados, acusando-nos de estarmos a agir a mando de seja quem for que lhes dê jeito: já foi a UNITA, depois o BD, depois, finalmente, as “potências” ocidentais, reduzindo a nossa já tímida (sem embargo, prepotente) existência à uma generalizada “impotência”.
Para não vos dar esse gostinho caros amigos desinformadores, travestidos em “jornalistas”, nós antecipamo-nos, pois não temos nada a esconder e não temos vergonha de falar com quem bem entendamos:
Depois de termos sido contactados por email, o Carbono e eu próprio, algo reticentes, justamente com receio de dar mais lume aos piromaníacos do regime, fomos travando um diálogo com o Derek Wright, responsável pelos assuntos políticos, questionando acerca das suas intenções e do porquê que de repente, depois de um ano de servirmos de saco de pancada, tinham interesse em ouvir-nos. Verdade seja dita, nunca foi nossa política procurar contactos com as representações diplomáticas de país algum, pois achamos que somos maduros o suficiente para assumir as consequências dos nossos actos entre angolanos e ficaria de muito mau tom, provocar o dragão e depois esconder-se atrás das saias protectoras daqueles que acusamos de um monte de coisas. Assim sendo, não tendo a atitude proactiva de procurá-los, não podemos afirmar categoricamente que não havia interesse da parte deles, fica só já assim!
A retórica do Derek convenceu-nos e resolvemos ir, um grupo de 4 centraleiros: Timóteo João, Massilon Chindombe, Adão Ramos e eu próprio Luaty Beirão.
A conversa foi praticamente num sentido, eles queriam ouvir a nossa história e nós comunicámos o melhor que sabemos. O Derek deixou logo claro que o trabalho dele consiste em registar tudo, todas as versões, de todos os lados (mencionou a reunião com o Coque Mukuta – que agora a Isabel João quer pegar para atirar o nome do rapaz na lama – e com o Luther Rescova – este por sua vez poupado das diatribes selectivas da “jornalista” em questão), dizendo-nos que todos pronunciamos os mesmos anseios: mais liberdade, mais justiça, mais democracia (sério Luther? Não está bom assim com o teu patrão aí a puxar os cordelinhos?). Avisou-nos, não que fossemos perguntar e não que estivessemos a espera de outra coisa, que os EUA não garantem em momento algum mais do que a oportunidade para contarmos a nossa história. Isso significa, para as Isabeis João dessa vida, nada de pressões ao JES por detrás das cortinas, apoio logístico ou de segurança, ou de que natureza for, apenas o registo da nossa singela história de pauladas nos cornos!
Foi um encontro amistoso, o Derek é jovem e muito simples no trato, ouviu-nos durante uma hora e algumas esquebras e assegurou-nos que o relatório seria enviado aos seus superiores.
Convidou-me para um evento de artistas Hip Hop nos Estados Unidos que se dediquem ao mesmo tempo ao activismo social, com a participação de artistas desse género musical que (às vezes) pratico de vários, recônditos cantos do mundo. Infelizmente, na altura que se dará esse evento, eu estarei em tournée com a minha banda Batida e por isso vou perder essa fantástica oportunidade. Isabel João, veja bem, em TOURNÉE, ie, TRABALHO, não vou para o exílio ok?
Bateu bwé, nakela unidade, mais careca, mais cicatrizado, mais convencido do que nunca que estou a trilhar o caminho da liberdade, independentemente dos espinhos que tenha de pisar.
Luaty Beirão
Tufas nessa dika toda, afinal existem aqueles que se sentem os tais que fazem aquilo que ninguem mais faz e nos bifam para ver se vms responder ou nao…enfim keima roupa…A vida tem destas coisas Luaty mormao ja disse o Kappa, Tigres de papel as Isabeis joao da vida deviam e chegar mais perto e fazer a parte dela mas eu prefiro acreditar que elas ate fazem , sao pagos para distorcer a verdade, nao sao angolanos por isso nao vivem angola no seu todo, enfim, o meeting foi produtivo afinal nunca apareceram as Isabeis joao para ouvirem a nossa versao que sempre esta acompanhada de provas e ter alguem disposto a isso da um certo gozo…o relatorio sera para o tio Sam e ele sabera o que fazer alias como sempre…