O general Kangamba introduziu o conceito do desenvolvimento da energia potável em Angola. Pouco se fala, no entanto, no desenvolvimento da morte potável, a água canalizada que o Estado leva às residências dos cidadãos para matá-los, lentamente, de forma potável.

Imagem tirada num quintal, na província do Kwanza-Sul
As redes sociais têm-se vindo a consolidar como o espaço da democracia por excelência, o único espaço em que cada emissor decide o que quer tornar público e cada recetor decide ao que dedica a sua atenção, descartando tudo o resto. Num país onde os meios de difusão da informação estão asfixiados e manietados pelo poder político, as redes sociais servem de barómetro ao estado de espírito no país.
Pouca coisa escapa ao escrutínio, análise minuciosa e chacota desse povo cibernético, sendo o alvo predileto, aqueles de quem é praticamente proibido falar no mundo físico, aqueles que detêm um poder discricionário e, qual deuses, decidem o destino a dar aos prevaricadores desta regra de ouro da nossa um-dia-serei democracia.
Lembramo-nos da famosa garrafa de Moët que temperou a feijoada do Norberto Garcia e que o obrigou a uma justificação pública patética, depois dessa imagem de alegria e de celebração do luxo na miséria ter viralizado na net.

Feijoada gostosa
Lembramo-nos igualmente dos xiliques da deputada Tchizé dos Santos quando conversas de um grupo de WhatsApp da JMPLA transbordaram para a esfera pública e da ameaça venenosa que proferiu no mesmo grupo se essa nova troca de mensagens vazasse. Vazou, de facto. Até hoje nos perguntamos se ela conseguiu chegar “ao fim do mundo”, encontrar o responsável pelo gesto desafiador e qual terá sido a sanção aplicada a ess@ destemid@ militante.
Ultimamente o pódio tem sido ocupado de maneira incontestável pelo nosso MC Besteira, o embaixador delirante, Luvualu de Carvalho, com a mais que célebre tirada do oxigénio enquanto ganho intangível da paz. Jamais se viram tantos memes a ridicularizar a bajulinite aguda que afeta a capacidade neurológica de jovens aparentemente inteligentes, que poderiam ser úteis ao país se não escolhessem tornar-se prostitutos intelectuais, abdicando de qualquer réstia de dignidade em troca de uma fatia do bolo da corrupção.
Nos últimos dias têm-se multiplicado imagens da água canalizada distribuída pela EPAL, empresa que recentemente se vangloriou de ter as mais modernas instalações de África, uns míseros 6 andares por uns sumptuosos 700 milhões de dólares do erário público. Vários clientes, indignados com a qualidade do produto, têm divulgado nos seus muros de lamentação imagens assustadoras da água que lhes tem sido fornecida por esta empresa pública.

Algures em Luanda
Porém, a mais impressionante foi postada como vindo do Kwanza-Sul, onde a EPAL é inocente mas o Estado não, pois a prima do Kwanza-Sul tem outro nome – EASCS – mas não outro dono. A cor e a espessura daquela matéria saindo pela canalização ilustrada na imagem lembra mais polpa de múcua para fazer sorvete. Aquilo tem ar que, se ingerido, criará um pântano no ventre com girinos e nenúfares. A pessoa que encheu esse balde consumiu esse unguento? Meu issa!
Luaty Beirão
Realimente e triste oque o governo do Mpla faz com a população eles têm d bom e do melhor e a população n tem nada e triste ver pais como Angola nessas situações. E ainda assim o povo quer sempre sofrer calado até quando temos que aguentar isso. A juventude gostam reclamar nos cantos quando e pra sair nas ruas e lutar pelo seus directos tem medo. E com dor e tristeza Angola n seria esse país que é temos que saber votar pessoal chegou a hora d mudança e terá que ser pra melhor n pra pior ou pra normal