O jovem Ednelson Serafim André Calenje “Sení”, 19 anos, foi assassinado na madrugada de 15 de Julho de 2017 por agentes da Polícia Nacional afectos a 48ª Esquadra do KM 12 à Estalagem, Viana.
“Sení” como em vida era mais conhecido, encontrava-se numa festa de aniversário de seu amigo e vizinho Joel de 18 anos, quando foi abordado por agentes da Polícia do Giro.
Pediram para que ele e mais dois amigos subissem no carro da polícia e depois daí os dados já não são mais claros. Mas Sení foi atingido por uma bala na cabeça, disparada por um dos agentes referidos .
A polícia não nega o seu envolvimento, mas alega estar ainda a “apurar” os factos. No entanto, agentes menos ciosos deste posicionamento oficial teceram comentários para justificar os seus comportamentos homicídas: “é bandido, estava armado e exibiu a sua arma na festa”.
A família acredita que a morte foi encomendada citando como fundamento para a sua crença alguns factos estranhos: 1) eram 6 polícias, não tinham como contê-lo sem disparar? 2) porquê um tiro fatal, não poderiam neutralizá-lo com um disparo num braço ou numa perna? 3) a morte ocorreu pelas 5 da manhã, mas o boletim de óbito diz 00h20m.
Teorizam igualmente sobre o autor moral deste crime, mas para além da razoabilidade das suas insinuações, é assunto grave demais para ser tratado de forma leviana.
Seja como for, é mais uma vida que se perde, num país onde as execuções extra-judiciais continuam na ordem do dia e a impunidade reina suprema.
DEP “Sení”.