Numa carta enviada ao PR, à PGR, ao Provedor de Justiça e ao Tribunal Constitucional, por iniciativa em passo de corrida da nossa kota Cristina Pinto, a qual cerca de 50 pessoas subscreveram em menos de 24 horas, repudia-se veementemente e sem contemplações, as repetidas agressões físicas e psicológicas que se têm infligido aos manifestantes que mais não fazem do que exercer os seus direitos fundamentais, com particular incidência para os eventos de sábado último, dia 10 de Março.
Menciona-se ainda a estranheza preocupante com que viram ser dada cobertura mediática a “um grupo de cidadãos não identificados” que se proclamam defensores da paz, mas que declaram estar prontos a ações à margem da lei (leia-se partir crânios à cidadãos indefesos com cobertura dos fardados).
Exorta-se ainda à reposição da lei e da ordem, que sejam identificados, capturados, julgados e condenados os prevaricadores que continuam por aí à solta, a treinar-se para as próximas ações de combate.
Não scaneámos todas as páginas repletas de assinaturas, pois a maior parte delas são de jovens desconhecidos do grande público, que decidiram dizer BASTA ao silêncio e juntaram os seus nomes a esta lista de ilustres que inclui: Mendes de Carvalho, Marcolino Moco, Pepetela, Jacques dos Santos, Carlos Ferreira “Cassé” (cronista do NJ, compositor) e António Tomás (Professor Antropólogo nos EUA, escritor e colaborador do NJ).
Atitudes como esta são preciosas e mostram-nos que há pessoas atentas e de coração nas mãos pela nossa segurança e integridade físicas que, apesar de não terem intenção de se juntar a nós nas ruas, não se deixam vencer pela apatia e pelo medo e tomam uma posição clara contra a violência que advogamos desde as primeiras manifestações.
Nós, os “arruaceiros” nos congratulamos por este gesto e vos agradecemos pelo apoio agora prestado.
VIVA ANGOLA!

